O pneumologista Agostinho Marques defende que houve “bom senso” ao não decretar mais medidas de restrição para travar a covid-19. O especialista diz que, apesar da situação ser semelhante há do ano passado, agora existe mais conhecimento e um processo de vacinação.
“O que se passa neste momento é muito parecido com o que aconteceu há um ano: estávamos a começar o declínio de uma onda epidémica quando apareceu uma estirpe nova. Mas aí não tínhamos conhecimento nem vacinação a ajudar”, afirma.
Diz também que é habitual que as novas variantes comecem sempre por ser mais contagiosas, sendo que depois se tornam cada vez menos agressivas para a saúde. Diz, no entanto, que são precisas vacinas de nova geração para combater estas estirpes.
“Há medida que as estirpes vão alterando, a vacina vai-se tornando menos eficaz. Faz-nos muita falta que nesta altura se preparem vacinas de nova geração com base em novas estirpes para voltarmos a ter os mesmos níveis de eficácia.”
Agostinho Marques afirma ainda que é preciso perceber que, “enquanto o terceiro mundo não estiver vacinado”, vão continuar a aparecer novas variantes da covid-19.