Coronavírus

Internamentos, mortes e variantes da covid-19: o Portugal de há um ano e o de agora

Comparámos os números de 2020 e 2021, quando a variante que tomava conta dos novos casos era outra e quando a vacinação ainda era um objetivo por atingir.

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A variante Ómicron deverá tornar-se dominante já durante a próxima semana. Com os casos a aumentar a preocupação é o impacto e a pressão sobre os serviços de saúde e o número de mortos. Mas o que mudou num ano? Comparámos os números de 2020 e 2021, precisamente neste dia, quando a variante que tomava conta dos novos casos era outra e quando a vacinação ainda era um objetivo por atingir.

Há precisamente um ano, o país registou 4.336 casos positivos. Um ano depois, são cerca de 5 mil (5 062).

Quando olhamos para os internamentos, os números são bem diferentes. Neste mesmo dia, em 2020, eram mais de 3 mil pessoas (3.061) em enfermaria, das quais cerca de 500 (483) estavam nas unidades de cuidados intensivos.

Internamentos e mortes

Um ano depois, há menos de mil pessoas (905) internadas e 147 estão em estado considerado grave. Ou seja, um terço do registado em 2020.

Para os especialistas, a vacinação fez a diferença no número de internamentos.

Situação de calamidade vs estado de emergência

Quanto ao número de óbitos, por esta altura houve 75 mortes. Este sábado, foram registadas 12. Ou seja, apenas um sexto.

Agora estamos em situação de calamidade. Há um ano, o país estava em estado de emergência.

Medidas

As medidas eram, por isso, bem mais apertadas:

Nos concelhos considerados de risco elevado, aos fins de semana, havia restrições para quem andava na rua, incluindo recolher obrigatório.

Nas zonas de maior risco os estabelecimentos comerciais tinham de fechar às 13:00 e os restaurantes viam-se obrigados, durante a tarde e a noite, a trabalhar apenas em takeaway e entregas ao domicílio.

Quando estavam abertos, em função da zona do país e do risco, tinham limitação de pessoas.

O teletrabalho por esta altura era obrigatório, agora é recomendado.

Variante Ómicron

A variante Ómicron é agora o centro das atenções. Durante a próxima semana, poderá tornar-se dominante.

A prevalência ronda já os 21%. Na semana do Natal, deve chegar aos 50% e nos últimos dias do ano poderá representar 80% dos casos no país.

Na última semana, o país atingiu um novo máximo de testagem. Entre 10 e 16 de dezembro foram realizados 994 mil testes.

O último relatório de monitorização das linhas Vermelhas conclui que a atividade epidémica mantém uma intensidade elevada e com tendência crescente a nível nacional.

Se a taxa de crescimento se mantiver, estima-se que o país possa chegar aos 960 casos por 100 mil habitantes nos próximos 30 a 60 dias.

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