Coronavírus

As novas medidas de combate à pandemia

O primeiro-ministro António Costa anunciou ao país o que vai mudar nos próximos dias. Confira as medidas de combate à pandemia de covid-19 e fique a conhecer a regra dos 8.

As novas medidas de combate à pandemia
MANUEL DE ALMEIDA

Antecipação do período de contenção (a partir das 00h00 de 25 de dezembro):

  • Teletrabalho obrigatório
  • Encerramento de creches e ATL (com apoio à família)
  • Encerramento de discotecas e bares (com apoios às empresas)
  • Redução de lotação nos estabelecimentos comerciais de uma pessoa / 5 m2
  • Aumento de 4 para 6 testes gratuitos por pessoa

Teste negativo obrigatório para acesso a:

  • Estabelecimentos turísticos e alojamento local
  • Casamentos e batizados
  • Eventos empresariais
  • Espetáculos culturais
  • Recintos desportivos (salvo decisão da DGS)


Natal (24 e 25 dez) e Ano Novo (30, 31 dez e 1 jan):

  • Teste negativo obrigatório para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano
  • Proibição de ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas na passagem de ano
  • Proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública

A regra dos 8 para combater a pandemia

  • Teletrabalho
  • Limitação de contactos
  • Uma semana de contenção
  • Máscara obrigatória
  • Testagem
  • Vacinação
  • Controlo de fronteiras
  • Apoio às famílias e empresas

"Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas"

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros que decidiu novas medidas para conter a pandemia, o primeiro-ministro fez um conjunto de recomendações para época natalícia, além das regras que foram determinadas.

"Apelava às famílias que procurassem evitar que a celebração natalícia envolva muitas pessoas e em grande regime de família alargada. Este ainda não é o novo Natal normal das nossas vidas e por isso apelo a todos que possam conter o mais possível as celebrações natalícias no seu núcleo familiar", pediu António Costa.

Loading...

Como vai ser o Natal de António Costa?

"Com a minha mulher, com o meu filho e a minha nora, a minha mãe e o meu padrasto. Somos seis pessoas e tomaremos todos os cuidados", revelou o primeiro-ministro, que não poderá estar com a filha porque "está em isolamento".

O Governo realizou esta terça-feira um Conselho de Ministros extraordinário para adoção de mais medidas de prevenção da pandemia. A reunião do Conselho de Ministros, a última antes do Natal, estava prevista para a próxima quinta-feira, como é habitual, mas o líder do Executivo decidiu antecipá-la.

As decisões do Governo foram tomadas depois de o Executivo ter ouvido vários especialistas, que participam nas sessões no Infarmed, e visam conter a subida de casos de covid-19 e a propagação da nova variante Ómicron.

Começando por recordar que no passado dia 25 de novembro foram decretadas medidas para a "prevenção e combate à pandemia" que assentavam "em quatro elementos: maior uso da máscara, mais testes, aumento da vacinação, e aumento do controlo de fronteiras", o primeiro-ministro sublinhou que foram, entretanto, administradas "2,4 milhões de doses de reforço", representando mais de 83% da população com mais de 65 anos.

"Vacinação vale a pena, é a ferramenta mais efetiva para garantir a menor severidade da infeção", afirmou António Costa, anunciando depois que quase triplicamos o número de testes, conseguindo assim que a percentagem de testes positivos fosse "menos de metade do que a que tínhamos há um ano".

Mais de 600 mil pessoas foram fiscalizadas, "provenientes de seis mil voos", tendo sido "1.400 passageiros e 38 companhias multados" por falta de apresentação do teste negativo.

Ou seja, sublinhou", quer do ponto de vista da vacinação, testagem, controlo de fronteiras, temos conseguido resultados positivos".

Apesar de o Rt ter "vindo a diminuir desde 25 de novembro até agora, este fim de semana, o INSA atualizou as previsões que tem feito relativamente ao impacto da Ómicron e a previsão que tinha era de que [a nova variante] já pudesse representar 50% das infeções, mas infelizmente ao dia de hoje atingimos os 46% das infeções", e o INSA "aponta para que no final do ano seja a variante dominante, abrangendo 90% das pessoas infetadas nessa altura".

Reações às medidas anunciadas por António Costa

Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira analisam novas medidas de restrição apresentadas pelo primeiro-ministro.

Loading...

Indústria da noite critica medidas tomadas “em cima da hora”

José Gouveia lamenta particularmente o facto de o setor ter pedido ao Governo que tal não acontecesse e que as medidas “fossem tomadas a tempo e horas”, o que acabou por não acontecer.

Recorda ainda que foram as empresas da indústria que criaram centros de testagem à covid-19 à porta das discotecas, afirmando que o investimento de milhares de euros que foi feito “cai por terra” com este encerramento.

Loading...

Restauração diz que estabelecimento sem clientes “tem mais custos do que fechado”

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira a obrigatoriedade de apresentar teste negativo para, nos períodos do Natal e Ano Novo, entrar em restaurantes. O setor não questiona a medida, mas alerta para os custos que acarretará ter restaurantes abertos sem clientes.

“É uma medida gravosa. Noutros países os restaurantes ficaram totalmente vazios”, afirmou Daniel Serra, presidente da Associação Nacional de Restaurantes, em entrevista à SIC Notícias.

Afirma ainda que o Governo deve encontrar uma solução para compensar o setor da restauração, admitindo que ter um restaurante aberto mas sem clientes tem mais custos do que ter o estabelecimento encerrado.

Loading...

Hotelaria antecipa “quebra acentuada” nas reservas com novas medidas

“Vai haver penalizações nas operações que já estavam preparadas. Já tínhamos sentido uma quebra nas reservas, que obviamente se vai acentuar. Esta questão de exigir teste vai colocar maiores dificuldades”, afirmou Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal, em entrevista à SIC Notícias.

Sobre o impacto para o setor hoteleiro, afirma que o primeiro trimestre de 2022 “está absolutamente perdido”, sobretudo pela evolução da pandemia na Europa, e que tal vai dificultar ou até mesmo parar a retoma que se tinha verificado no verão.

Canva
Loading...