António Costas anunciou, esta terça-feira, as novas mediadas de contenção a aplicar no período entro Natal e a Passagem de Ano com objetivo de conter a pandemia de covid-19. No rescaldo, Bernardo Ferrão e José Gomes Ferreira fazem uma análise às decisões avançadas pelo Governo.
Para Bernardo Ferrão, as medidas tinham de ser tomadas, principalmente depois de “os números do Instituto Ricardo Jorge (INSA) terem mostrado que a “variante Ómicron, no espaço de pouquíssimos dias, passou de 2,5% para quase 50%”.
“Acho que o primeiro-ministro toma estas medidas – e bem – para que não tenha de correr atrás do prejuízo e não venha justificar que nada fez perante estes avisos dos especialistas”, afirma o sub-diretor de informação da SIC Notícias.
No entanto, Bernardo Ferrão critica o encerramento dos centros de vacinação durante a época natalícia, considerando uma decisão “estranha”. Lembra ainda que a gravidade da variante Ómicron ainda não está provada e aconselha o Governo a tomar medidas para que evitar que os hospitais voltem a ficar sobrecarregados, como aconteceu no ano passado.
José Gomes Ferreira considera que as medidas apresentadas têm “razoabilidade”, “equilíbrio”, “contenção” e “realismo.
“Já verificámos que a vacinação não chega. Sendo certo que a vacinação impede que a gravidade da doença seja superior, não é suficiente para que não haja contágio e isso sabemo-lo por experiência própria, ninguém o adivinhava há cerca de um ano”, afirma o diretor-adjunto da SIC Notícias.
Por outro lado, José Gomes Ferreira considera que existem falhas neste anúncio, nomeadamente ao nível da limitação das pessoas nas superfícies comerciais, que entra em vigor a partir de dia 26 de dezembro.
“As compras são feitas agora, os centros comerciais estão cheios de gente e as zonas comerciais estão à pinha”, afirma.
Sobre os conselhos para os jantares de Natal, o diretor-adjunto da SIC Notícias considera que deveria ser aconselhado às famílias que se sentem à mesa, colocando os diferentes elementos da família nuclear frente e frente e não se misturando com famílias nucleares.
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