Depois de uma semana a sobreviverem a temperaturas negativas, as autoridades bielorrussas abrigaram uma parte dos migrantes que estão na fronteira com a Polónia num armazém logístico. A situação não abrange todos, o que significa que alguns continuam a enfrentar o rigor da estação na região.
Enquanto para uns - alguns milhares - está reservada mais uma noite ao relento do lado de fora da fronteira da União Europeia, para outros - umas centenas - foram escoltados pelas autoridades da Bielorrússia para um armazém logístico da cidade de Hrodna, a cerca de 20 quilometros da fronteira de "Kuznitzá", na Polónia.
Depois de dias a pernoitar na floresta sob temperaturas insuportáveis, agora apoiados, segundo os media russos e bielorrussos, pela Cruz Vermelha local.
Alemanha pressiona a entrada de ajuda humanitária
Esta quarta-feira, a Alemanha confirmou o segundo telefonema em três dias entre Angela Merkel e Alexandre Lukashenko, o presidente bielorrusso não reconhecido, depois das eleições consideradas fraudulentas, mas o interlocutor possível para permitir a entrada de ajuda humanitária internacional.
Do lado polaco, o líder da comunidade islâmica local lembra que a Polónia tem responsabilidades históricas.
A Polónia não tem permitido a entrada de migrantes, legais ou ilegalmente, ou de requerentes de asilo.
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