Crise Política

Análise

Tarde "alucinante" no Parlamento: dois líderes "teimosos" e uma "encenação que já vinha treinada"

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O Governo caiu esta terça-feira, depois da moção de confiança ter sido chumbada na Assembleia da República. Bernardo Ferrão, da SIC, diz que foi uma tarde "alucinante" e defende que o Presidente da República poderia ter feito mais. Já José Gomes Ferreira destaca que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos foram "teimosos".

"Houve uma encenação total que acho que vinha treinada para esta sessão do Parlamento", declara Bernardo Ferrão.

No Jornal da Noite, diz que a tarde desta terça-feira foi "alucinante", com "teatro e passa culpas".

"Tudo isto decorre de dois homens que querem fazer uma espécie de ajuste de contas com o que aconteceu há um ano", afirma, acrescentando que correm os dois "sérios riscos".

Luís Montenegro "percebeu que não tinha forma de governar o país", por isso, tentou "clarificar" e pedir aos portugueses "que façam eles o julgamento".

Bernardo Ferrão defende ainda que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, poderia ter feito "maior esforço" para que os líderes chegassem a um consenso.

Já José Gomes Ferreira considera que tanto Luís Montenegro, que "não esteve bem no dossier todo", como Pedro Nuno Santos foram "teimosos" e nenhum vai ter o que queria. O socialista não vai ter a comissão parlamentar de inquérito e o líder do PSD também "não vai ter o Governo" porque este acabou de cair.

"Montenegro nunca quis o escrutínio do Parlamento numa comissão parlamentar de inquérito", assinala.

Destaca ainda "duas vozes" pela positiva: Rui Rocha e Mariana Mortágua. O líder da Iniciativa Liberal "tentou tudo por tudo" para chamar a atenção os dois principais partidos e a bloquista pôs "factualidade em cima da mesa".

Ainda no Jornal da Noite, José Gomes Ferreira antevê tempos difíceis em Portugal: a continuação de um "ambiente de guerrilha" e o Orçamento do Estado para 2026 chumbado.