O presidente do PSD, Rui Rio, informou esta terça-feira que a sua prioridade são as eleições legislativas, razão pela qual assumiu que irá dedicar-se apenas a ações políticas no quadro de exercício de oposição ao PS, deixando a cargo da sua direção de campanha as atividades necessárias para as eleições internas do partido.
“Depois de ter refletido sobre a situação em que o partido e país se encontram, é minha obrigação concentrar a minha atividade nas funções de presidente do partido, seja na oposição direta a António Costa, seja na organização da campanha eleitoral que temos já no imediato de levar a cabo”, afirmou.
Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira, o líder social-democrata voltou a afirmar que a disputa interna vem afastar as atenções do que realmente importa: a preparação das legislativas. Rui Rio diz que o PSD vai enredar-se numa “trapalhada político-administrativa que vai provocar mais divisões e confusões”.
Por isso, decide concentrar esforços nas legislativas, dizendo que ficará a cargo da sua direção de campanha organizar todas as atividades necessárias “para garantir a minha vitória a 27 de novembro”.
“Entendo que enquanto presidente do PSD, no pleno exercício do seu mandato, compete-me prioritariamente preparar o partido para as eleições nacionais e não para a disputa interna. O mais importante é o PSD não desperdiçar esta oportunidade de ganhar as eleições ao PS, no sentido de evitar que Portugal continue a ser governado por um PS fortemente comprometido com a extrema-esquerda.”
Para além de o assumir como dever, Rui Rio diz estar convencido que dedicar-se às legislativas, ao invés de alimentar uma disputa interna, servirá para reforçar a posição do PSD na sociedade.
“Acho que é este o meu dever. Estou plenamente convencido que serei muito mais útil ao meu partido e pais se em lugar de alimentar disputa interna dedicar o meu trabalho ao reforço do PSD na sociedade.”
No sábado, o Conselho Nacional do PSD aprovou a marcação de eleições diretas para escolher o próximo presidente do partido para 27 de novembro e a realização do Congresso entre 17 e 19 de dezembro.
Veja mais:
- PSD: Rangel afasta entendimentos com o PS caso seja primeiro-ministro
- PSD: Rangel diz que mais importante que disputa interna é a escolha do primeiro-ministro
- O que separa Rui Rio e Paulo Rangel?
- Diretas no PSD marcadas para 27 de novembro
- Rio acusa apoiantes de Rangel de "terem medo" do voto aberto a mais militantes