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PSD: Rangel diz que mais importante que disputa interna é a escolha do primeiro-ministro

As eleições diretas do PSD estão marcadas para dia 27 de novembro.

PSD: Rangel diz que mais importante que disputa interna é a escolha do primeiro-ministro
PAULO NOVAIS

O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel afirmou esta segunda-feira que mais importante do que a disputa interna no partido é a escolha de quem será o candidato a primeiro-ministro para defrontar António Costa.

Em declarações aos jornalistas à entrada da residência oficial do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, Paulo Rangel frisou que a visita de dois dias à Madeira, hoje iniciada, "é para convencer os militantes do PSD/Madeira a fazer esta mudança muito importante" para "transformar Portugal".

"Nós vamos ter eleições legislativas no dia 30 de janeiro, portanto o que se trata agora não é tanto uma campanha dentro do PSD, é de uma escolha de quem será o candidato a primeiro-ministro, para defrontar António Costa, um Governo que tem prejudicado tanto os interesses dos madeirenses e da Madeira", afirmou o eurodeputado.

"Sinceramente, eu venho cá justamente mostrar que serei aquele que será capaz de inverter essa relação [entre os dois Governos], naquilo a que eu chamo uma via verde com as regiões autónomas e em particular com a Madeira", reforçou.

Paulo Rangel destacou a Lei das Finanças Regionais, o financiamento a 50% do novo hospital da Madeira e a questão das verbas previstas do Orçamento do Estado para a região como alguns dos temas que pretende discutir com Albuquerque na reunião que decorre neste momento na Quinta Vigia.

Interrogado pelos jornalistas sobre uma sondagem divulgada recentemente que dá a vitória ao seu opositor Rui Rio, Rangel desvalorizou-a, sustentando que "as sondagens são apenas um instrumento".

Questionado também sobre o tempo que decorre entre as eleições internas do PSD, marcadas para 27 de novembro, e as eleições legislativas antecipadas, em 30 de janeiro, o candidato considera suficiente para trabalhar na preparação do sufrágio.

"Primeiro, o PSD é um partido que está vocacionado para ter maiorias e para ir a eleições, tem de estar sempre preparado, e depois sinceramente eu também tenho uma larguíssima experiência nacional e internacional", defendeu.

Diretas no PSD marcadas para 27 de novembro

As eleições diretas do PSD estão marcadas para dia 27 deste mês. Rui Rio saiu derrotado do conselho nacional. Além de ter proposto que as diretas fossem uma semana antes, tentou também que o voto fosse alargado a todos os militantes do partido.

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O Conselho Nacional aprovou este sábado a marcação de eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD para 27 de novembro e o Congresso entre 17 e 19 de dezembro.

Esta proposta foi a defendida pelo candidato à liderança Paulo Rangel e teve 76 votos a favor, 28 contra e 18 abstenções.

A proposta de Rangel mantém o regulamento de quotas em vigor, segundo a qual só poderão votar os militantes com as quotas em dia, e fixa uma eventual segunda volta em 1 de dezembro.

Durante a tarde, a candidatura de Paulo Rangel chegou a admitir uma antecipação ainda maior da reunião magna para entre 3 e 5 de dezembro, mas a proposta final a votos acabou por voltar ao requerimento inicial de Congresso para os dias 17, 18 e 19 de dezembro.

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