Eleições na Madeira 2024

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A garantia do Chega/Madeira ao PSD: "Diálogo pontual medida a medida não está afastado"

O cabeça de lista e líder regional do Chega falou em exclusivo à SIC Notícias, já depois de André Ventura ter deixado claro que "não há nenhuma possibilidade de acordo de governação" com Miguel Albuquerque. Miguel Castro garantiu que o Chega está disponível para "deixar governar em minoria" e para aprovar (ou não) "medida a medida".

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Em entrevista exclusiva à SIC, Miguel Castro esclareceu que “o PSD foi o mais votado” e por isso “tem toda e legitimidade para fazer Governo”, embora para tal "não poderá contar, obviamente, com o Chega”.

Outra coisa será a postura do Chega no Parlamento. “As propostas que o PSD apresentar, se forem favoráveis aos interesses dos madeirenses, o Chega (…) irá aprová-las. Se as propostas que o Governo de Miguel Albuquerque apresentar forem favoráveis aos interesses dos madeirenses, não seremos contra”, declarou.

Na Madeira, e ao contrário do que acontece em Portugal continental, o programa do Governo é votado pela Assembleia Regional. Questionado pela reórter da SIC sobre se o Chega viabilizará esse programa, Miguel Castro não se compromete, mas vinca desde já, seja qual for o partido que fizer Governo, "vamos levar algumas propostas nossas, se forem inseridas no programa, tudo bem, se não forem, tudo bem na mesma”.

Certo é desde já que "o Chega não está disponivel para intregrar um Governo com Miguel Albuquerque, mas está disponível para deixar governar em minoria tal como acontece na Assembleia da República, é uma particularidade que existe também no regimento parlamentar”, clarificou Miguel Castro, garantindo que ainda não falou com Miguel Albuquerque.

Os contactos entre ambos são “meramente políticos", garantia. Agora, "se formos contactados [pelo PSD ou por Miguel Albuquerque], iremos conversar mas isso [só por si] não quer dizer que haja qualquer tipo de acordo".

Catorze candidaturas disputaram este domingo os 47 lugares no Parlamento Regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP. Contados os votos das 54 freguesias, das nove forças que tinham representação parlamentar sobraram apenas sete. CDU e BE, uns grandes derrotados da noite eleitoral, perderam o único deputado que tinham.

Recorde-se que, as eleições antecipadas deste domingo ocorreram oito meses após as legislativas regionais e depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.