As representações icónicas remontam ao século XIX e, se em tempos foram para atacar os opositores, agora são símbolos de cada partido. O elefante passou a ser mascote do partido republicano - partido de Donald Trump - e o burro do partido democrata - de Joe Biden - que não o tem utilizado nas campanhas mais recentes.
Mas porquê estes animais?
Em 1828, Andrew Jackson, candidato presidencial do partido democrata, protagonizou uma campanha tensa, onde os opositores o chamavam de "burro".
De forma irónica, adotou a figura e colocou-a nos seus cartazes. Acabou por ser eleito o primeiro democrata eleito como Presidente dos Estados Unidos.
A história do elefante no partido republicano remonta à Guerra Civil, que era usado nas campanhas de incentivo à participação na guerra. Abraham Lincoln, primeiro presidente republicano eleito, utilizou a figura de um elefante na sua campanha.
O importante toque de Thomas Nast
Foi o cartunista Thomas Nast, reconhecido historicamente pelas ilustrações de sátira política publicadas na revista Harper's Weekly, que popularizou o uso do elefante e do burro.
A revista, que se destacou pela cobertura da Guerra Civil entre 1861 e 1865, chegou a ser uma das mais lidas na época. As suas ilustrações, por vezes agressivas, tinham impacto na opinião pública.
Nos desenhos, Thomas Nast utilizou o burro para reprensentar o partido democrata e o elefante para o partido republicano, popularizando a associação dos animais aos partidos.
Os símbolos são, ainda hoje, utilizados nas eleições, seja para ofender ou para valorizar determinado partido.