O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, considerou esta quinta-feira "inaceitável" a violência praticada pelos apoiantes do Presidente em exercício, Donald Trump, no Capitólio e pediu "respeito pelo processo democrático".
"A violência de quarta-feira à noite no Capitólio de Washington é absolutamente inaceitável" e "deve acabar", declarou Steven Mnuchin em Jerusalém, antes de um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. "Chegou a hora de a nossa nação se unir e respeitar o processo democrático norte-americano", afirmou Mnuchin.
"As nossas instituições democráticas são fortes há muito tempo" e "continuarão" a ser, disse.
Netanyahu, um grande aliado do Presidente Trump, considerou que "o ataque ao Capitólio ontem (quarta-feira) foi um ato escandaloso e deveria ser fortemente condenado".
"A democracia norte-americana sempre me inspirou", disse Netanyahu, acrescentando que "não tinha dúvidas" de que a democracia "triunfaria, como sempre triunfou".
As declarações vêm na sequência do caos e violência que ocorreram na quarta-feira em Washington, incluindo a invasão do prédio do Congresso por apoiantes de Trump que se recusavam a reconhecer a vitória do candidato democrata, Joe Biden, na eleição presidencial de 03 de novembro.
Durante o cerco e a invasão do Capitólio, na quarta-feira, pelo menos quatro pessoas morreram, 14 polícias ficaram feridos, dois deles em estado grave, e foram efetuadas mais de meia centena de detenções, de acordo com a polícia local.
A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).
O debate no Senado foi retomado pelas 20:00 (01:00 de hoje em Lisboa) e o Congresso ratificou esta quinta-feira Joe Biden como Presidente eleito dos EUA.
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