Joe Biden tomou posse, esta quarta-feira, tornando-se Presidente dos Estados Unidos. No seu discurso, o democrata apelou à união perante um país dividido. Raquel Vaz Pinto, professora universitária e especialista em política norte-americana, e Miguel Monjardino, analista de política internacional, debatem os desafios do novo Presidente.
A análise começou logo pelo discurso do novo Presidente norte-americano, destacando ambos a influência católica que marcou a intervenção. Monjardino lembra que as referências ao catolicismo não costumam fazer parte do discurso de investidura nos Estados Undios. Sobre os desafios do Presidente, num país marcado pela divisão política, a professora considera que será uma tarefa “hercúlea”.
“Joe biden tem uma tarefa hercúlea à sua frente. Não só as questões internas, essas serão centrais nesta administração, e, em particular, as questões que ele enfatizou no seu discurso: a divisão entre os liberais e os conservadores, entre as pessoas que vivem num mundo rural e os que vivem nas cidades, entre os democratas e os republicanos”, explica.
Por outro lado, ao nível internacional, Monjardino considera que a política de relações externas que a nova administração pretende seguir está muito condicionada pela resolução dos problemas relacionados com a política interna.
“Tudo o que Joe Biden possa fazer a nível internacional dependerá muito da maneira como o país se reconstruir após esta presidência de Donald Trump. É um trabalho de durará muito mais do que uma ou duas administrações”, afirma o analista.
A estas duas questões junta-se ainda a pandemia de covid-19 que já matou 400 mil norte-americanos.
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