Ricardo Costa considera que é "normal" o Presidente da República fazer vários testes à covid-19 e fala numa campanha eleitoral "muito estranha" com a situação "bizarra" de se realizar durante um confinamento geral.
Na Edição do Meio-Dia, Ricardo Costa fala sobre os recentes testes feitos por Marcelo Rebelo de Sousa à covid-19 – um positivo e dois negativos – e esclarece que o chefe de Estado é testado todas as segundas-feiras.
Sobre a campanha eleitoral às presidenciais, diz que "já era muito estranha" e que terá dois problemas a partir de quinta-feira, dia em que deverá entrar em vigor o confinamento geral em todo o país.
"Como fazer campanha de rua se não há pessoas na rua", é um dos problemas apontados por Ricardo Costa.
O outro é a pressão pública: "De repente, as pessoas estão todas em casa sem poder sair, mas estes senhores estão a fazer campanha".
Ricardo Costa lembra que em nenhuma circunstância podem ser suspensas atividades políticas, sindicais ou religiosas: "E isso existe na Constituição porque sempre que há ditaduras essas são as primeiras coisas a serem suspensas".
"Os candidatos têm todo o direito a fazer campanha, a questão é com quem?", diz, reconhecendo que esta é uma "situação bizarra".
Ricardo Costa fala ainda sobre a abstenção que pode vir a ser registada nestas eleições, marcadas para 24 de janeiro, e diz que não é possível saber, nesta altura, quem sairá prejudicado ou beneficiado.