Queda do BES

PCP quer ouvir governador do Banco de Portugal sobre situação no BES 

O PCP requereu hoje a audição do governador do  Banco de Portugal, Carlos Costa, para que preste esclarecimentos sobre a  situação do Banco Espírito Santo (BES), advertindo para os riscos de se  repetirem os casos do BPP ou BPN.  

governador do Banco de Portugal, Carlos Costa (Reuters/Arquivo)
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

"Ao Governo e ao Banco de Portugal exige-se uma intervenção rigorosa  e transparente e não a atitude de silêncio e cumplicidade determinada pela  subordinação ao poder financeiro", defendeu o PCP, no requerimento entregue  hoje na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. 

Os deputados Paulo Sá e Miguel Tiago consideram que a situação no Grupo  Espírito Santo "é a ponta do icebergue, cuja dimensão é difícil de prever"  e defendem a necessidade de impedir que o processo de desagregação daquele  grupo, principal acionista do BES, "não venha a ter consequências ainda  mais desastrosas nos planos económico e social para o país".  

O PCP defendeu que o conteúdo das notícias que revelam a prática de  irregularidades nas empresas do GES "exige o apuramento integral e até às  últimas consequências dos responsáveis".  

Advertindo para a "possibilidade real" de se virem a repetir uma situação  "semelhante à do BPN ou do BPP, com custos para o país superiores a 6.000  milhões de euros", o PCP manifestou ainda preocupação face as consequências  de uma eventual "reestruturação que passe pelo despedimento de milhares  de trabalhadores e a retirada de direitos".  

Lusa