Israel voltou a bombardear o Líbano, esta manhã, num ataque que matou cinco pessoas, incluindo um autarca local. Aconteceu horas depois de os Estados Unidos da América terem levantado mais dúvidas sobre a operação israelita.
O ataque fatal teve como alvo uma cidade a 50 quilómetros a sul da capital Beirute. Atingiu vários edifícios, entre os quais a sede da autarquia.
Foi lançado horas depois de o maior aliado de Israel, os Estados Unidos, ter deixado um aviso.
“Israel tem o direito de se defender contra os terroristas que representam uma ameaça para aquele Estado. Mas estamos muito preocupados com a natureza da campanha a que assistimos em Beirute nas últimas semanas, e manifestámo-lo publicamente”, declarou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
Israel garante estar a atingir alvos do Hezbollah e, esta quarta-feira, voltou a bombardear um subúrbio a sul de Beirute, que diz ser um bastião do grupo.
O movimento apoiado pelo Irão está há um ano a lançar ataques consecutivos contra solo israelita. Fala em retaliação à ofensiva em curso nos territórios palestinianos.
Em Gaza, onde são raros os dias sem registo de vítimas, voltou a dar entrada, esta quarta-feira, uma coluna de ajuda humanitária.
A chegada de combustível e mantimentos já não acontecia há duas semanas. Foi autorizada pelas tropas israelitas após forte pressão do governo norte-americano.
Imunes às consequências diretas da guerra, os líderes regionais repetem ameaças e promessas de vingança.
O Irão enviou à Turquia, Egito e Jordânia o responsável pela diplomacia. Procura angariar apoios, numa altura em que já antecipa uma retaliação ao ataque que lançou contra Israel no início deste mês.