Depois de vários dias de violência em Sueída, no sul da Síria, os guerrilheiros começaram a retirar, mas ainda é cedo para decretar o fim dos conflitos. Para trás, fica uma cidade saqueada e em chamas.
Mais de 1.200 pessoas já morreram no conflito em Sweida, o mais violento na Síria desde a queda do regime de Assad.
Era esperado um cessar-fogo no passado domingo, mas as facção beligerantes claramente não faziam parte dele.
"Está instalado o caos", diz Alex Crawford, correspondente especial da Sky News, televisão britânica parceira da SIC.
Conflito mais duro desde a queda de Assad
É o conflito sectário mais perigoso desde a queda do regime de Bashar al-Assad. Milhares de combatentes tribais árabes viajaram de toda a Síria para a região drusa de Sweida.
São de várias tribos diferentes, mas o mais preocupante para as autoridades é que todos responderam ao apelo para lutar e têm como alvo um grupo miliciano druso.
O presidente sírio enviou as suas forças de segurança para o Sul do país, de modo a impedir que mais combatentes árabes entrassem na cidade.
A raiva sentida contra a comunidade, maioritariamente drusa, pode ser vista em todas as ruas e nas aldeias à volta da cidade de Sweida. Todas as casas e empresas drusas foram queimadas, destruídas ou saqueadas.
As tribos árabes insistem que acorreram à zona para ajudar os seus irmãos árabes, os beduínos, depois de uma torrente de mortes por vingança e de raptos contra eles perpetrados pelas milícias drusas.
Esta situação surge dias depois de as tropas governamentais que entraram em Sweida terem sido bombardeadas e forçadas a retirar depois de Israel ter efetuado vários ataques aéreos, matando centenas de soldados e civis.