A Rússia acusou oficialmente a Ucrânia pela morte de Darya Dugina. O Kremlin diz mesmo que a responsável pelo atentado que vitimou a filha do ideólogo de Putin já se refugiou na Estónia. O líder russo fala em crime ignóbil.
Dois dias depois da morte de Darya Dugina, a polícia ainda recolhe indícios no local da explosão, a cerca de 40 quilómetros de Moscovo. A bomba destruiu o carro onde viajava a filha de Aleksandr Dugin – ideólogo de Vladimir Putin e defensor da invasão da Ucrânia.
Os Serviços de Informação russos dizem que a responsável pelo atentado de sábado é ucraniana e que fugiu para a Estónia. Segundo a imprensa russa, a responsável pela morte entrou na Rússia o mês passado com a filha de 12 anos. Terá arrendado um apartamento no prédio onde morava a jornalista e ativista e entrado no círculo de relações da vítima e do pai.
Para Putin, este foi um crime ignóbil. No dia em que se celebra a Bandeira Nacional – efeméride que foi também celebrada nos territórios ocupados da Ucrânia, como as cidades de Kherson e Mariupol –, o Presidente russo garantiu que o país permanece uma potência forte e independente.
No sul da Ucrânia, o início da semana é marcado por novos bombardeamentos ao perímetro de Zaporíjia. Por dez vezes, acusa Kiev, a artilharia russa atingiu esta segunda-feira a cidade de Nikopol, na margem oposta do rio Dnieper, a 10 quilómetros da maior central nuclear da Europa. Moscovo nega os ataques.
O Parlamento russo reúne-se quinta-feira para discutir Zaporijia, ao mesmo tempo que em Nova Iorque, o Conselho de Segurança da ONU analisa uma missão internacional a Zaporijia. De todo o mundo, há apelos ao bom senso e ao entendimento entre Kiev e Moscovo, para evitar um desastre semelhante ao de Chernobyl e garantir a segurança nas centrais nucleares ucranianas.