Guerra Rússia-Ucrânia

Kremlin acusa tropas ucranianas de tortura de civis nas zonas reconquistadas

Guerra Ucrânia
Guerra Ucrânia
Anadolu Agency

O secretário de Estado norte-americano considerou ser “demasiado cedo” para antecipar o resultado da contraofensiva do exército da Ucrânia.

O Governo da Rússia acusou esta terça-feira as tropas ucranianas de cometerem “ações punitivas” e “atos de tortura” contra habitantes das zonas reconquistadas nos últimos dias ao exército russo no leste da Ucrânia.

“Segundo as informações que recolhemos, há numerosas ações punitivas contra os habitantes da região de Kharkiv, pessoas torturadas e maltratadas. É revoltante”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Por outro lado, o Ministério da Defesa russo afirmou esta terça-feira que o exército está a realizar “ataques maciços” contra as forças ucranianas “em todas as frentes” de combate, numa reação ao avanço das tropas de Kiev no nordeste e sul da Ucrânia.

“As forças aéreas, balísticas e de artilharia russas estão a realizar ataques maciços contra unidades das Forças Armadas ucranianas em todas as áreas operacionais”, referiu o Ministério da Defesa russo no relatório diário.

No comunicado, o Ministério evoca bombardeamentos próximo de Sloviansk, Konstantinivka, no leste da Ucrânia, nas regiões de Mikolaiev e Zaporijia, no sul, e ainda em Kharkiv, no nordeste, onde as forças militares de Kiev lançaram uma fulgurante contraofensiva, que forçou as tropas russas a retirar que quase toda a região.

Segunda-feira, a Ucrânia disse ter recuperado cerca de 6.000 quilómetros quadrados (km2) de território em várias frentes, graças a uma contraofensiva lançada no início deste mês.

No mesmo dia, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou ser “demasiado cedo” para antecipar o resultado da contraofensiva do exército da Ucrânia, no nordeste do país, contra as forças da Rússia.

“É demasiado cedo para dizer exatamente onde isso nos vai levar", disse Blinken, numa conferência de imprensa no México, lembrando que estes são “os primeiros dias [da contraofensiva] ucraniana”.

O responsável norte-americano observou que "os russos mantêm forças muito significativas na Ucrânia, bem como equipamentos e munições", mas há "claramente progressos significativos da parte ucraniana, sobretudo no nordeste" do país.

Esta contraofensiva "é o resultado do apoio" que os Estados Unidos forneceram, "mas acima de tudo, é o resultado da extraordinária coragem e resiliência das forças ucranianas e do povo ucraniano", disse.

Últimas Notícias