O secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, afirmou que "cerca de cinco milhões de habitantes" dos territórios ucranianos anexados por Moscovo -- Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporijia -- se encontram atualmente na Rússia.
"Cerca de cinco milhões de habitantes do Donbass [leste ucraniano] e das regiões do sudeste da Ucrânia encontraram refúgio na Rússia", indicou o representante, na sequência de uma reunião do Conselho de Segurança russo, citado pelas agências noticiosas russas.
Segundo Patrushev, "continuará a ser concedida uma atenção particular" a estas pessoas provenientes das regiões ucranianas anexadas por Moscovo.
"À medida que foram garantidas condições de segurança nestas regiões, o Estado fornecerá uma total assistência no seu regresso aos locais de residências permanente", prometeu, sem precisar o momento em que poderá ocorrer.
Um boletim do Ministério da Defesa russo divulgado refere que, desde o início da ofensiva russa, 4,6 milhões de pessoas que viviam na Ucrânia, incluindo cerca de 700.000 crianças, estão atualmente em território da Rússia.
Segundo o boletim, perto de 4.000 pessoas chegaram à Rússia nas últimas 24 horas.
Por sua vez, um responsável ucraniano da região de Kherson, sul da Ucrânia, denunciou a "deportação" de civis da cidade, retirados em direção à Rússia pelas autoridades de ocupação devido à contraofensiva do Exército de Kiev.
"A anunciada retirada equivale a uma deportação. O seu objetivo é fomentar uma espécie de pânico em Kherson e uma imagem para a propaganda", denunciou o deputado local Serguii Khlan em conferência de imprensa.