Guerra Rússia-Ucrânia

Presidente da Ucrânia recebido por Joe Biden na Casa Branca

Volodymyr Zelensky está de visita aos Estados Unidos da América.

Presidente da Ucrânia recebido por Joe Biden na Casa Branca

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é recebido esta quarta-feira pelo homólogo norte-americano, Joe Biden, na Casa Branca, em Washington.

O anúncio foi feito pela Casa Branca que adiantou ainda que o encontro acontece antes de Zelensky discursar no Congresso dos Estados Unidos da América.

A visita do chefe de Estado ucraniano confirma que os Estados Unidos irão apoiar a Ucrânia "durante o tempo que for necessário", afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, citada pela agência AFP.

"O Presidente Biden aguarda com expectativa a chegada do Presidente Zelensky à Casa Branca hoje, 21 de dezembro", acrescentou Karine Jean-Pierre.

Esta é a primeira viagem de Zelensky ao estrangeiro desde que a guerra começou na Ucrânia, a 24 de fevereiro.

Zelensky e Biden vão discutir "a cooperação abrangente entre os dois países, em particular no que respeita ao reforço da capacidade de resistência e defesa da Ucrânia, apoiando a sua soberania e restaurando a integridade territorial".

Segundo José Milhazes, o Presidente ucraniano já terá chegado à base aérea Andrews, perto de Washington D.C., e a visita irá durar apenas um dia, sendo expectável a chegada de Zelensky à Ucrânia na quinta-feira.


Loading...

Viagem foi preparada sob "sigilo absoluto"

A viagem foi preparada sob "sigilo absoluto" e com grande preocupação pela segurança de Zelensky, noticiou esta quarta-feira o jornal norte-americano The New York Times (NYT), citado pela agência espanhola EFE.

Altos funcionários da administração norte-americana, que falaram ao jornal na condição de não serem identificados, disseram que a Casa Branca estava ansiosa por organizar a viagem de Zelensky, mas não ignorou que "os riscos envolvidos numa tal visita eram elevados".

Dado que a Ucrânia está envolvida numa guerra com a Rússia, o planeamento da viagem foi "levado a cabo sob sigilo absoluto", disseram as fontes oficiais ao NYT.

Um alto funcionário da administração norte-americana disse num telefonema com jornalistas que Biden não irá à reunião desta quarta-feira "com uma mensagem que tente pressionar ou empurrar Zelensky de qualquer forma para a mesa de negociações" para procurar uma saída diplomática para a guerra com a Rússia.

O funcionário, que também falou sob a condição de não ser identificado, segundo a EFE, disse ainda que a Rússia não deu qualquer indicação de que estava disposta a participar de boa-fé em conversações sobre o fim da guerra.

EUA reforçam ajuda à Ucrânia e enviam pela primeira vez mísseis Patriot

Responsáveis norte-americanos disseram que os Estados Unidos vão enviar nova ajuda militar para a Ucrânia, incluindo e pela primeira vez, mísseis Patriot, noticiou a agência Associated Press (AP).

As mesmas fontes, que pediram para não serem identificadas, porque os pormenores da ajuda ainda não foram divulgados, acrescentaram que, além dos Patriot, o pacote vai incluir bombas de precisão para caças, no que representa uma expansão por parte dos EUA do tipo de armamento avançado que vai enviar à Ucrânia para reforçar as defesas aéreas do país contra o que tem sido uma barragem crescente de ataques com mísseis russos.

O pacote, que deverá ser anunciado durante o dia, vai incluir cerca de mil milhões de dólares (942 milhões de euros) em armas dos 'stocks' do Pentágono e mais 800 milhões de dólares (753 milhões de euros) em financiamento através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que financia armas, munições, formação e outros tipos de assistência, acrescentaram as mesmas fontes, citadas pela AP.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros responsáveis do país têm pressionado os líderes ocidentais a fornecer armas mais avançadas, incluindo Patriot, o sistema de mísseis terra-ar mais avançado fornecido pelo Ocidente à Ucrânia para ajudar a repelir os ataques aéreos russos.