Depois do ataque à cidade de Makiivka, na região de Donetsk, o mais mortífero da Ucrânia contra as tropas russas, o secretário-geral da NATO avisa, no entanto, que é perigoso subestimar a Rússia e as ambições de Vladimir Putin.
“A Rússia mobilizou muitos soldados recentemente - cerca de 200 mil - e já vimos que eles têm uma grande tolerância à morte e ao sofrimento”, afirmou Jens Stoltenberg.
Além disso, o secretário-geral da NATO refere que a Rússia está a trabalhar afincadamente para adquirir mais munições e material de guerra. Acima de tudo, diz, “não temos indicações de que Putin tenha mudado de ideias”.
“Por isso, é perigoso subestimar a Rússia”.
Pelo menos 89 soldados russos morreram
Moscovo atualizou o balanço de baixas do ataque que sofreu de 63 para 89 e anunciou - pela primeira vez - a abertura de uma investigação para apurar responsabilidades.
Apesar do número exacto de vítimas ser difícil de apurar de forma independente, parece seguro afirmar que o ataque às forças russas foi o mais mortífero para a Rússia em quase 11 meses de guerra.
Apesar de ter anunciado a abertura de uma investigação, Moscovo avançou também com uma explicação, que de alguma forma, iliba as chefias militares.
A utilização dos telemóveis terá facilitado a missão das forças ucranianas, mas não explica outras falhas, como a de concentrar centenas de soldados no mesmo espaço, sobretudo num local também usado para guardar armamento e munições.
A esmagadora maioria das vítimas fazia parte do contingente de 300 mil recém mobilizados para a guerra na Ucrânia. Isto significa que não eram voluntários.