Guerra Rússia-Ucrânia

Rússia deverá aumentar produção de tanques

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia já tinha ameaçado e alertado para as consequências para o Ocidente, caso apoiassem a Ucrânia com armamento militar, afirmando que, se resultar numa derrota da Rússia, irá causar um conflito nuclear.

Medvedev visita Sibéria, fábrica de produção de tanques
Medvedev visita Sibéria, fábrica de produção de tanques
Ekaterina Shtukina/AP

A Rússia deverá aumentar a produção de tanques, em resposta ao fornecimento pelos países ocidentais de material bélico à Ucrânia.

O ex-Presidente russo, Dmitry Medvedev, visitou esta quinta-feira uma fábrica de tanques na Sibéria.

Mevedev lembrou que a Ucrânia tem pedido, nas últimas semanas, um reforço de aviões e mísseis e que o mais natural será a Rússia aumentar também a produção de armamento, incluindo tanques modernos.

No início do mês, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia já tinha ameaçado e alertado contra o envio de armamento pesado à Ucrânia, afirmando que a derrota russa numa guerra convencional pode provocar um conflito nuclear.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse esta quinta-feira que quer recuperar a Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014, e apelou aos parceiros ocidentais para entregarem mais armas.

A Alemanha confirmou que vai enviar tanques Leopard para a Ucrânia e autorizar outros países a fazê-lo, depois de várias semanas a ser pressionada pelo Presidente Zelensky, a NATO e os aliados. Mas para além da Alemanha, também os Estados Unidos e outros aliados, como Portugal, Inglaterra, Polónia, Espanha, Países Baixos, Noruega e Finlândia também têm planos para enviar os carros de combate.

No entanto, para além disso, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos aliados ocidentais o envio de mísseis de longo alcance e aviões de combate, após o aval da Alemanha e Estados Unidos ao envio de tanques pesados para as forças armadas de Kiev.

Já na quarta-feira, no âmbito da visita de Zelensky ao Reino Unido, a embaixada russa no país britânico prometeu uma "resposta" caso Londres decida enviar aviões de combate à Ucrânia, como pediu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no decurso da sua visita ao país.