O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta sexta-feira que tem a certeza que a Ucrânia vai vencer a guerra contra a Rússia.
Volodymyr Zelensky tornou-se o rosto da resistência ucraniana em todo o mundo e, no dia em que se assinala um ano de guerra, estabeleceu o objetivo de derrotar Moscovo "este ano".
Durante a tarde, numa conferência de imprensa, o Presidente ucraniano fez um balanço de um ano de guerra, um "ano de invencibilidade". Sublinhou que a Ucrânia continua a resistir com a ajuda dos amigos do Ocidente e garante que o país tem motivação, diplomacia e voz.
Zelensky falou sobre o momento mais terrível deste ano de guerra - a descoberta do massacre de Bucha, após a libertação da cidade - e ainda sobre a maior desilusão que teve - as pessoas que abandonaram o país e que deveriam lutar por ele.
O líder ucraniano disse ainda que gostaria de ver uma cimeira com países da América Latina, um encontro onde diz que gostaria de participar presencialmente.
Zelensky admite que gostaria de ver a Índia e a China a participar numa cimeira para acabar com a guerra na Ucrânia porque, afirma, "estes países são muito importantes.
A China avançou, esta sexta-feira, com uma proposta de 12 pontos para acabar com os combates. Zelensky diz que o documento mostra "respeito pela integridade territorial" da Ucrânia e acredita que a China "revelou o que pensa".
Apesar de não concordar na totalidade com o plano apresentado, afirma que a China começar a falar sobre a Ucrânia "é positivo".
Numa mensagem ao povo ucraniano, Zelensky descreveu os últimos 12 meses como "um ano de dor, tristeza, fé e união".
"Em 24 de fevereiro, milhões de nós fizeram uma escolha. Não uma bandeira branca, mas uma bandeira azul e amarela [da Ucrânia]. Não para fugir, mas para enfrentar. Confrontar o inimigo. Resistir e lutar", acrescentou.
Garante que a Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos", dirigindo-se ao país no dia em que se assinala um ano sobre o ataque de Moscovo contra território ucraniano.
"Nunca lhes vamos perdoar. Nunca descansaremos até que os assassinos russos sejam punidos. Por um tribunal internacional, por um julgamento de Deus ou pelos nossos soldados."
A Ucrânia “surpreendeu”, "inspirou" e "uniu" o mundo: “Há milhares de palavras para o provar”, afirmou Zelensky numa mensagem difundida nas redes sociais.