Guerra Rússia-Ucrânia

Um ano depois, como é a vida de quem ainda continua em Bakhmut e Vuhledar?

Destruição, morte e desespero são a realidade de quem ainda vive ou combate nestas duas cidades do Donbass, na Ucrânia. Quem ali continua promete não desistir da terra que chama sua.

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Um ano após a invasão, a ofensiva russa aparece agora apostada na parte oriental da Ucrânia, o foco do conflito há cerca de nove anos. Moscovo tenta tudo por tudo quebrar as linhas defensivas da Ucrânia, na região de Bakhmut e Vuhledar, no Donbass, mas os combatentes ucranianos não dão sinais de baixar a guarda.

Vuhledar tem sido das regiões ucranianas mais massacradas pelas forças russas. A guerra de atrito da Rússia, que tem causado um elevado número de baixas, não permite mais do que avançar de forma temporária e em pequenas parcelas de território.

Vários prédios que serviram de habitação em tempo de paz alojam agora unidades de combate que, a partir do subsolo, controlam de cima a região circundante.

Bakhmut, a cidade fantasma

Centena e meia de quilómetros para nordeste, um ano de guerra precedido de oito de um conflito latente, tornaram Bakhmut praticamente inabitável. A cidade que teve em tempos 70.000 habitantes terá agora menos de 5.000.

Nos campos em volta, intransitáveis devido à lama, soldados ucranianos mantêm o assédio à capital da província, controlada por força leais a Moscovo-através dos mísseis Grad de fabrico russo.

Edifício residencial ganhou novo propósito

Um edifício que outrora alojou várias famílias transformou-se em hospital de campanha. Muitos soldados estão ali apenas algumas horas até estarem novamente em condições para voltar à frente de guerra.