O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quinta-feira que é fundamental manter as sanções à Rússia e Bielorrússia mas advertiu que é preciso assegurar que os países africanos e da América Latina não sofram "consequências colaterais indesejadas".
“Não podemos, nunca, ignorar que nestas sanções à Rússia e nas sanções à Bielorrússia temos de preservar as condições para que todos os outros países terceiros, nomeadamente os países africanos e os países da América Latina, não sofram consequências colaterais indesejadas”, disse António Costa, pouco antes do início da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, na Bélgica.
O primeiro-ministro português acrescentou que a UE tem de considerar a possibilidade de bloqueio da produção agrícola “por via destas sanções” e que isso tem influência na união entre os países – e que a UE quer alargar a mais Estados - que estão a pressionar a Rússia para acabar com o conflito na Ucrânia.
Entre esta quinta-feira e sexta-feira os líderes europeus vão estar reunidos em Bruxelas. Este Conselho Europeu vai voltar a ser marcado pela guerra na Ucrânia e pelo reforço do apoio a Kiev.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, vai estar presente num almoço de trabalho, onde Portugal vai estar representado pelo primeiro-ministro. Está ainda previsto que o Presidente ucraniano volte a intervir por videoconferência.
Além do tema “Ucrânia”, os 27 líderes vão também discutir assuntos económicos, como a estratégia da União Europeia para melhorar a competitividade, e a política energética e comercial.