Um jato russo, relacionado com o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, voou esta terça-feira da Rússia para a Bielorrússia, segundo mostrou o site Flightradar24.
Os códigos de identificação da aeronave correspondem aos de um jato vinculado pelos Estados Unidos da América à Autolex Transport, uma empresa que está ligada a Prigozhin.
No sábado, o Kremlin anunciou que o líder mercenário, protagonista da rebelião militar na Rússia, ia partir para a Bielorrússia após chegar a um acordo e suspender o avanço dos seus combatentes até Moscovo.
Na segunda-feira, já estavam a ser construídos acampamentos para mercenários do grupo Wagner, na região bielorrussa de Mogilov, a cerca de 200 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Os acampamentos, um dos quais perto da cidade de Asipovichy, terão uma área de 24 mil metros quadrados, com capacidade para oito mil camas.
A rebelião militar na Rússia
Os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada por Prigozhin, no fim de semana, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exiado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Os mercenários que não participaram diretamente no motim poderão assinar contratos com o Ministério da Defesa da Rússia.
Segundo a investigação do portal Verstka, a informação de que os mercenários seriam enviados para a Bielorrússia também foi confirmada por familiares de membros do Grupo Wagner.