Guerra Rússia-Ucrânia

Grupo Wagner registado na Bielorrússia como uma “organização educativa”

Depois da revolta na Rússia, Alexander Lukashenko abriu as portas ao Grupo Wagner. Os mercenários terão estabelecido uma nova sede perto de Minsk e já participam nos treinos do exército bielorrusso.

Mercenários do grupo Wagner, uma organização paramilitar liderada por Prigozhin
Mercenários do grupo Wagner, uma organização paramilitar liderada por Prigozhin

O Grupo Wagner foi registado na Bielorrússia como uma “organização educativa”. Depois do motim de junho - que colocou milhares de mercenários a caminho de Moscovo - o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, abriu as portas ao Prigozhin e aos seus soldados, que estabeleceram uma nova sede perto da capital.

O registo do grupo como empresa terá acontecido no dia 4 de agosto. Segundo dados do Registo Estatal Único de Empresas e Empreendedores Individuais da Bielorrússia, citado pela BBC, o grupo Wagner é identificado como uma empresa de “atividade educativa”, com base na vila de Tsel, distrito de Osipovichi – a cerca de 100 quilómetros de Minsk.

O local do registo corresponde à área onde se pensa que os mercenários tenham estabelecido a sua nova sede. Desde que Lukashenko negociou o fim do motim na Rússia, os soldados do grupo Wagner têm chegado ao novo campo e participado em treinos do exército bielorrusso.

Além do grupo Wagner, também uma empresa imobiliária foi registada com a mesma morada. Os media locais avançam que a Concord Management and Consulting é detida por uma empresa russa com o mesmo nome, cujo diretor geral é Yevgeny Prigozhin – líder do Wagner.

A 23 de junho, Prigozhin colocou-se a caminho de Moscovo, numa tentativa de revolução contra o Ministério da Defesa e o Estado-Maior russo devido à condução da guerra na Ucrânia. Lukashenko ajudou a pôr fim ao motim, negociando com Prigozhin e Putin. Este acordo permitiu aos mercenários a possibilidade de escolher se queriam combater pelo exército russo ou ir para a Bielorrússia.