Telescópio Hubble

Novas imagens do Hubble mostram "fogo de artifício" de estrelas 

As nebulosas, cujas estrelas vão perdendo camadas ao longo de milhares de anos, transformam-se em loucos remoinhos enquanto vão expelindo gases e poeiras. Estas novas imagens do telescópio espacial Hubble permitem aos astrónomos perceber o que se passa no núcleo das nebulosas.

As estrelas vivem vidas tranquilas durante centenas de milhões a de milhões de anos. Mas ao chegar ao fim da vida, libertam gases e poeiras produzindo um "fogo de artifício celestial".

O telescópio espacial Hubble da ESA/NASA enviou novas imagens de duas nebulosas: a NGC 6302, conhecida como Nebulosa Borboleta, e a NGC 7027, que se assemelha a um pequeno bicho e é apelidada "Jewel Bug".

Estas nuvens de estrelas estão entre as nebulosas conhecidas que têm mais poeiras e massas de gás invulgarmente grandes. São extremamente complexas e estão a sofrer mudanças rápidas visíveis nos jatos e nas bolhas de gás que são expelidos pelas estrelas no centro de cada nebulosa.

O Hubble permite agora aos astrónomos investigar estes fogos de artifício e perceber os mecanismos subjacentes a este caos.

Duas estrelas em colisão no centro das nebulosas

Ambas as nebulosas estão a dividir-se rapidamente, o que permite aos astrónomos analisarem as mudanças nas suas estruturas em apenas algumas décadas.

No caso da NGC 6302, Nebulosa Borboleta, duas correntes em forma de S indicam que as mais recentes expulsões podem ser o resultado de duas estrelas a colidir no centro da nebulosa.

No caso da NGC 7027, um novo padrão em forma de folha de trevo - a expelir a sua massa em direções específicas - também indica que há interações entre duas estrelas.

Os cientistas suspeitam que no centro de cada nebulosa existem - ou existiam - duas estrelas orbitando em redor uma da outra..A prova da existência deste "duo dinâmico" está nas estranhas formas dessas nebulosas. Ambas têm uma cintura estreita e cheia de gás e poeiras e lóbulos polares.

Outra hipótese é a de que a estrela menor do par acabe por se fundir com seu companheiro estelar, gerando os tais jatos. Mas os astrónomos nunca conseguiram uma observação direta destas estrelas "companheiras".

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