Incêndios em Portugal

Portugal recua para situação de alerta

Governo volta a avaliar situação face aos incêndios na terça-feira.

Portugal recua para situação de alerta
ANTÓNIO COTRIM

O Governo decidiu hoje não prolongar a situação de contingência e recuar para situação de alerta , face à melhoria das condições meteorológicas. A decisão foi anunciada pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, na sede da Proteção Civil.

A situação de contingência termina hoje às 23:59. A situação de alerta entra em vigor às 6:00 de segunda-feira até às 22:00 de terça-feira.

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"O nível de alerta estará em vigor entre as 00:00 de e as 23:59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar", afirmou o ministro depois de uma reunião com vários ministros na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Seis ministros estiveram reunidos por videoconferência: Administração Interna, Defesa e Segurança Social, Saúde, Ambiente e Agricultura para avaliar e decidir o prolongamento ou não da situação de contingência.

"Nos próximos dias, a temperatura deverá baixar entre 2 e 8 graus, o que permite termos uma pequena janela para ajustar os esforços", explicou José Luís Carneiro, lembrando que, "até ao final do verão, vão existir outros momentos muito exigentes" e "é preciso estar preparado".

Terminam assim à meia-noite de hoje as medidas atualmente em vigor.

Até à meia-noite está proibida a circulação e permanência em espaços florestais, a realização de queimadas, assim como trabalhos com máquinas em espaços florestais e rurais e está suspenso o uso de fogo-de-artifício.

Portugal continental entrou em Situação de Contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.

A declaração de contingência implica um elevado grau de prontidão e mobilização de meios com todos os planos de emergência e Proteção Civil accionados.

A Situação de Alerta é, de acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, o nível menos grave, abaixo da Situação de Contingência e do patamar mais grave, a Situação de Calamidade.

Na terça-feira, a situação será reavaliada até porque se prevê um novo aumento das temperaturas, adiantou.

"É preciso ter consciência de que o país vive uma seca extrema"

Também o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, afirmou hoje que "os próximos dias serão de alguma acalmia", embora tenha deixado alguns avisos, durante o balanço sobre a situação dos incêndios no país, feito hoje de manhã na ANEPC, em Carnaxide, Oeiras.

"É preciso ter consciência de que o país vive uma seca extrema e, portanto, os níveis de água no solo estão muito baixos e há muito combustível seco para arder, pelo que tens de atuar sempre com precaução", recomendou.