Uma empresa da Covilhã está a usar inteligência artificial para melhorar a eficácia das câmaras de vigilância. Ajuda a detetar situações que possam pôr em causa a segurança de pessoas e bens, como, por exemplo, no caso dos incêndios.
O trabalho da jovem equipa foca-se em detetar em tempo real situações anormais ou perigosas que possam pôr em causa a segurança pública.
A ideia é facilitar o processo de supervisão de câmaras de vigilância usando a inteligência artificial e visão computacional.
“Utilizamos as câmaras de vigilância que já existem nas infraestruturas e automatizamos a deteção de atividades perigosas, utilizando algoritmos inteligentes. Assim que uma camara tem a capacidade de percecionar que existe um incêndio, ela avisa o segurança”, explica Vasco Lopes, da startup DeepNeuronic.
Além de alertas visuais e sonoros imediatos, o utilizador tem ainda acesso ao histórico do acontecimento que, no caso de um incêndio, pode ajudar ao combate mais rápido e eficaz e também na fase de investigação.
“Saber para onde [o incêndio] está a evoluir, a análise do próprio fumo e a sua direção, conseguimos fazer essa análise temporal e dar essa informação às autoridades competentes”, nota Bruno Degardin, da mesma startup.
“Permitimos a análise forense, a posteriori, voltar atrás e perceber que problemas é que houve”, acrescenta Vasco Lopes.
Uma solução que a empresa da Covilhã, fundada por dois alunos da Universidade da Beira Interior, está empenhada em disponibilizar de forma gratuita.
O novo sistema permite detetar mais de 30 cenários perigosos e mais de 100 objetos no reconhecimento automático de, por exemplo, situações anómalas nas autoestradas, casos de agressões, assaltos e tiroteios.