Incêndios em Portugal

Incêndio em Arouca obriga à evacuação de aldeia e encerra Passadiços do Paiva

Fogo no distrito de Aveiro é o que mais meios mobiliza esta manhã. Passadiços do Paiva foram encerrados por razões de segurança e a aldeia de Fornos de Carvão foi evacuada.

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O incêndio que deflagrou na segunda-feira em Arouca, no distrito de Aveiro, já passou para o concelho vizinho de Castelo de Paiva, onde está esta terça-feira a lavrar com grande intensidade e a aproximar-se de aldeias.

No terreno estão perto de 600 operacionais, apoiados por 190 viaturas e sete meios aéreos. Este é o incêndio que, esta manhã, mais meios mobiliza.

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De acordo com o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, o fogo "iniciou-se em Arouca e entretanto no final da tarde de ontem [segunda-feira] entrou no concelho de Castelo de Paiva".

Pelas 10h30, o autarca referiu que as chamas estavam a avançar em direção a aldeias, colocando em risco casas, nomeadamente no lugar do Gilde, onde se encontrava.

"Tenho um lugar que está isolado. Os bombeiros não têm acesso ao lugar do Seixo. Neste momento, estou no lugar do Gilde onde o fogo também poderá chegar daqui a poucos momentos. Estamos aqui com a população para tentar minimizar e salvaguardar bens e pessoas", disse o autarca.

José Rocha referiu que já foi necessário evacuar algumas aldeias, nomeadamente Vilar de Eirigo e o Seixo, adiantando que, para já, não tem conhecimento de casas atingidas, nem vítimas, tendo ardido parcialmente uma fábrica.

"Houve uma unidade industrial que ardeu parcialmente. Ardeu a parte de armazenagem de vernizes e a casa de pintura. Para já é o que temos registado ao nível de perdas materiais, mas com a intensidade que o fogo tem esperemos que fique por aqui", referiu.

O autarca adiantou ainda que os meios aéreos não puderam atuar logo ao início da manhã devido à intensidade do fumo que impedia a visibilidade.

"Logo ao início da manhã, devido à intensidade do fumo, não havia a visibilidade suficiente para poderem trabalhar, mas neste momento já se nota que existem meios aéreos no concelho", disse.

A exemplo do que aconteceu em Arouca, a Câmara de Castelo de Paiva também ativou esta terça-feira, pelas 03h00, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.

"Esta decisão foi tomada devido à evolução da situação, que coloca em risco pessoas, bens e o ambiente, e tem como objetivo garantir a coordenação de todos os meios de socorro e apoio às populações afetadas", refere uma nota publicada na página da internet do município no Facebook.

Ali perto, na localidade de Cinfães, há outro incêndio a lavrar em mato com 38 bombeiros e 11 meios terrestres acionados.

Casas sem água nem eletricidade

Várias estruturas já foram afetadas pelas chamas e há casas sem água nem eletricidade.

Os bombeiros esperavam que a noite ajudasse a controlar as chamas, mas estas continuam a lavrar e obrigaram a evacuar, durante a madrugada, a aldeia de Fornos de Carvão.

Ativado Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil

A Câmara de Arouca ativou esta madrugada o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil na sequência do incêndio que lavra naquele concelho do distrito de Aveiro desde segunda-feira.

"Atendendo à acelerada progressão dos incêndios atualmente ativos nas freguesias de Alvarenga e de Canelas/Espiunca deste concelho, bem como à persistência das temperaturas extremas até 30 de julho previsivelmente, a presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, decidiu ativar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil às 04h40 de hoje, 29 de julho", refere uma nota publicada na página do município na rede social Facebook.

Passadiços do Paiva encerrados

Os Passadiços do Paiva, um dos locais mais turísticos do concelho, foram também encerrados por razões de segurança.

Neste momento, três outros incêndios preocupam os bombeiros: Ponte da Barca, Penamacor e Mangualde.

Com Lusa