Vivem-se horas difíceis em Arouca e nos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva e Cinfães, onde o fogo também chegou. É o incêndio que mais preocupa as autoridades devido às condições do terreno. Nos vales, há pequenos lugares isolados, onde os moradores estão preocupados com o avançar das chamas.
O fogo é alimentado pelo eucaliptal, atravessa vales muito fechados e terrenos onde é complicado, ou até mesmo impossível, fazer chegar os operacionais.
Dificuldades que levam a Proteção Civil a assumir que o incêndio que começou em Arouca, na segunda-feira, é o mais preocupante.
Ao segundo dia já causava estragos também nos concelhos de Cinfães e Castelo de Paiva. E a tudo isto junta-se a grande dispersão de aldeias e lugares.
O fumo denso, o vento e a presença de postes de alta tensão fez abrandar o uso dos meios aéreos em algumas zonas.
Na freguesia de Nespereira, em Cinfães, os moradores fizeram o que podiam para afastar o fogo das casas. Vigiavam as chamas que, de um momento para o outro, se aproximavam.
Em Arouca, o fogo chegou à freguesia de Santa Eulália, também esta com vários lugares isolados. Em Ribeiro Grande, os moradores esperavam que a limpeza dos terrenos ajudasse os bombeiros de Coimbra e da Figueira da Foz para lá destacados.
Ao final da tarde, o vento continuava a empurrar as chamas na direção de Ribeiro Grande.
Esta terça-feira, foram surgindo reacendimentos, que criaram novas frentes ativas nos três concelhos e impediam os bombeiros de controlar o incêndio. A nacional 224 entre Arouca e Real foi cortada ao trânsito nos dois sentidos.
Em Castelo de Paiva, o fogo ameaçou casas e um armazém de uma fábrica de móveis ardeu parcialmente e uma sucata ficou destruída.