Jornada Mundial da Juventude

Vaticano afasta responsabilidades de “polémico altar” para a Câmara de Lisboa

O porta-voz do Vaticano já se pronunciou sobre a construção do “polémico altar”, a obra que vai nascer no Parque Tejo para as Jornadas Mundiais da Juventude.

Vaticano afasta responsabilidades de “polémico altar” para a Câmara de Lisboa
GUGLIELMO MANGIAPANE

O Vaticano demarcou-se esta sexta-feira da construção do altar-palco para as Jornadas Mundiais de Juventude, em Lisboa, e esclarece que a responsabilidade da organização do evento é local.

Em declarações ao ACI Prensa, o porta-voz do Vaticano esclareceu que a Santa Sé não interveio no processo de decisão da construção do polémico altar, afirmou.

Matteo Buni acrescentou ainda que a organização do evento “é local” e, por isso, a responsabilidade recai sobre a Câmara Municipal de Lisboa.

Na terça-feira, Carlos Moedas tinha afirmado que “as especificações daquele palco foram definidas em reuniões que tivemos com a Jornada Mundial da Juventude, com a Igreja e com a Santa Sé”.

Carlos Moedas diz que vai dar "o corpo às balas"

O presidente da Câmara de Lisboa assumiu na quinta-feira a responsabilidade do custo do altar-palco para as Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa. Admitiu mesmo mudar o projeto e garante que fará tudo o que o Presidente Marcelo e a Igreja quiserem.

As declarações do autarca surgiram depois da Igreja ter questionado o porquê do avultado valor. Carlos Moedas vem assumir a responsabilidade e diz que “vai dar o corpo às balas”, estando disposto a mudar o projeto do altar-palco.

Já esta sexta-feira, o autarca recordou que a autarquia vai investir até 35 milhões de euros nas Jornadas. Carlos Moedas garantiu que o investimento vai ser feito com “consciência”.

“Vamos investir até 35 milhões de euros. O ponto aqui não são os quatro, nem cinco, nem seis [milhões]. Vamos investir e vamos fazê-lo com consciência disso”.

Loading...

Os custos avultados da JMJ em Lisboa

As Jornadas Mundiais da Juventude vão realizar-se este ano em Lisboa, na zona do Parque Tejo, entre os dias 1 e 6 de agosto, e o polémico altar-palco receberá o Papa Francisco.

A obra custará cerca de cinco milhões de euros e tem estado no centro das atenções devido ao avultado valor, mas a SIC teve acesso uma lista de despesas previstas pela Câmara com outros valores que também saltam à vista.

Lisboa soube em 2019 que iria receber o evento, mas só adjudicou as obras do altar-palco entre dezembro de 2022 e o início de janeiro.