Testemunhos

JMJ: um show de espontaneidade

Opinião de Filipe Teixeira. A espontaneidade de Francisco encontrou-se com a espontaneidade dos mais “frágeis”, numa espécie de código criado a partir de corações cheios.
JMJ: um show de espontaneidade
VATICAN MEDIA

Deveria ser obrigatório rever todos os gestos e reler todas as intervenções (preparadas e espontâneas) do Papa Francisco durante esta semana em Portugal.

Hoje [sábado], em Fátima, voltou a fintar os jornalistas e preferir a intervenção improvisada para voltar a pedir uma Igreja aberta a “todos, todos, todos”, que seja “acolhedora e sem portas”.

Nestas palavras, Francisco diz tanto e diz ainda mais quando nos detemos nos gestos que vemos em cada momento desta visita.

Sobre o final da oração desta manhã, na Capelinha das Aparições, não é fácil descrever o que ali se passou. Vale a pena analisarmos as imagens, precisamente quando o Papa cumprimenta aqueles que rezaram junto dele.

A espontaneidade de Francisco encontrou-se com a espontaneidade dos mais “frágeis”, numa espécie de código criado a partir de corações cheios. Por isso, cada gesto do Papa Francisco “rebenta” com o coração de muitos porque o bem continua a atrair.

Foi assim quando um jovem portador de deficiência abraçou e beijou o amigo Francisco, ou sempre quando os pais entregaram os filhos à segurança pessoal para os apresentarem ao Papa e receberem a bênção.

Não serão as teorias ou ideologias que irão abrir a Igreja a “todos”, mas sim os gestos que atraem e que começam por abrir o coração de cada um. Esta visita do Papa Francisco a Portugal demorará a ser digerida, mas atenção porque há pressa no ar.