O Ministério Público está convicto de que José Sócrates vai mesmo ser julgado por branqueamento de capitais, mas admite que estão prestes a prescrever os crimes de falsificação.
O ex-primeiro-ministro ganhou recentemente um recurso que lhe deu mais tempo para reclamar da decisão de Ivo Rosa, o que faz aumentar o risco de prescrição, sem que haja sequer data para o julgamento.
Três crimes de falsificação que o juiz Ivo Rosa validou estão prestes a prescrever. Um deverá prescrever em maio de 2024 e os outros dois ao longo de 2025. Sobram três de branqueamento de capitais.
Ao que a SIC apurou, os procuradores da Operação Marquês somam, ao prazo de prescrição de 15 anos, mais sete anos e meio por interrupção e outros três pela suspensão do prazo após a acusação. Ou seja, um prazo máximo de 25 anos e meio.
Tendo os crimes de branqueamento ocorrido, como diz o Ministério Público, em 2014, apenas prescrevem depois de 2039.
Oficialmente, a Procuradoria-Geral da República prefere ser mais prudente. Faz as contas por baixo e fala de um prazo de 10 anos e de uma prescrição em 2029.