Operação Miríade

Tráfico em missões militares portuguesas: 10 detidos presentes a juiz

Polícia Judiciária fala numa rede com ligações internacionais.

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Os 10 detidos suspeitos de tráfico de diamantes, ouro e droga em missões militares da ONU vão ser presentes ao juiz esta terça-feira. A Polícia Judiciária fala numa rede com ligações internacionais, que sofreu um golpe numa mega operação com mais de 100 mandatos de busca.

O processo está a manchar a imagem das Forças Armadas portuguesas. Entre os detidos está um antigo militar, que era agora agente da PSP em Lisboa.

Na escola da GNR em Portalegre foi também detido um guarda ainda em formação que havia transitado do exército.

Na República Centro-Africana terão sido aliciados a fazer o transporte de ouro, diamantes e drogas na bagagem pessoal. O material chegava ao aeroporto de Figo Maduro, nos aviões que transportavam os contingentes de regresso a Lisboa.

A rede criminosa estava montada de modo a escoar, através de um veículo, os diamantes para a cidade da Antuérpia, na Bélgica.

Os militares ficavam com uma parte do lucro, que ainda era distribuído por testas de ferro que, em nome pessoal, ou através de empresas, permitiam a passagem do dinheiro por contas bancárias, num esquema de branquemaneto de capitais.

O caso chegou à Justiça através de uma denúncia das próprias Forças Armadas. Em dezembro de 2019, o comandante da sexta força nacional destacada na República Centro-Africana foi avisado que existiam militares portugueses a traficar diamantes.

À data, as suspeitas recaíam sobre dois miltares, mas com a operação Miríade foram encontrados indícios de um esquema maior de contornos internacionais.

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