Não estão a ser fáceis as negociações do Orçamento do Estado e a SIC apurou que o processo avançou pouco e deverá arrastar-se até à votação na generalidade.
A reunião do Conselho de Ministros, para fechar o Orçamento do Estado, começou esta sexta-feira de manhã e arrestou-se dia e noite fora, com tempo até para o primeiro-ministro ir de avião ao Porto e voltar.
O documento será entregue na próxima segunda-feira, com quase tudo em aberto nas negociações à Esquerda, mais emperradas do que nunca,
com uma fonte do PCP a garantir que, por enquanto, não se fala sequer na passagem ao debate na especialidade.
Do Bloco de Esquerda, acrescenta-se que não existem, por agora, sinais que permitam admitir a viabilização do Orçamento do Estado.
Fonte do PCP ligada às negociações acrescenta que "não está a correr bem", embora haja dossiês praticamente fechados.
Na lista das principais exigências do PCP estão impostos, creches e rendas de habitação.
António Costa atira a pressão para o lado do PCP, como já tinha feito com o BE.
Fontes do PS e do Governo confirmam que o processo negocial está para durar.
Para que o Orçamento do Estado seja aprovado na generalidade, António Costa precisa de garantir a abstenção do PCP, do PEV e do PAN, tal como no ano passado, ou apenas do Bloco de Esquerda, mas que há um ano se afastou dos socialistas e votou contra.