Orçamento do Estado

OE2022: Costa defende que proposta do Governo foca-se nos jovens e famílias com filhos

Promessa foi feita numa sessão da Juventude Socialista, em Lisboa.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, intervém na reunião da Comissão Nacional em Lisboa.
O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, intervém na reunião da Comissão Nacional em Lisboa.
MIGUEL A. LOPES

O secretário-geral do PS defendeu, esta terça-feira, que a proposta de Orçamento tem como objetivo imediato a recuperação da crise pós-covid-19, mas apostando também no futuro com o reforço dos apoios aos jovens e às famílias com filhos.

António Costa assumiu estas posições numa reunião com a JS, no Campo Grande, em Lisboa, num discurso que durou cerca de 30 minutos, em que também se referiu à necessidade de remover obstáculos ao acesso dos jovens a um conjunto de profissões reguladas.

"Este Orçamento tem uma centralidade muito grande nos jovens e nas famílias com filhos. Procura responder à necessidade de recuperar as feridas da crise provocada pela covid-19 e impulsionar para dar força à recuperação da economia, mas que tem de o fazer com os olhos postos no futuro", declarou o líder socialista.

De acordo com António Costa, "só há uma forma de apoiar com os olhos postos no futuro".

"É apoiar mesmo as jovens gerações e as famílias que, tendo filhos, estão a criar as gerações do futuro. Também por isto, este Orçamento é um bom Orçamento e merece ser aprovado na generalidade [no próximo dia 27] e em votação final global", sustentou.

Após o primeiro discurso da sessão, que esteve a cargo do secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, o líder do PS destacou medidas presentes no Orçamento para o próximo ano como o alargamento do IRS Jovem, o aumento das remunerações no início de carreira dos técnicos superiores do setor do Estado, assim como o reforço das contrações de jovens quadros para a administração pública e "novos passos" ao nível da gratuitidade das creches.

Em relação aos setores da Educação e do Ensino Superior, António Costa falou no programa de recuperação das aprendizagens após ano e meio de covid-19 e prometeu reforçar os apoios destinados a bolsas no segundo ciclo de estudos (mestrados e doutoramentos), bem como o Plano Nacional de Alojamento Estudantil.

Em matéria de emprego, o primeiro-ministro realçou sobretudo as questões da regulamentação do teletrabalho e do combate à precariedade, adiantando que o próximo Conselho de Ministros aprovará a Agenda para o Trabalho Digno, com medidas de proteção de trabalhadores, designadamente os que se encontram ao serviço de plataformas eletrónicas ou de empresas de trabalho temporário.

Foi neste capítulo referente às matérias conexas com a propostas de Orçamento do Estado que António Costa recebeu um dos maiores aplausos da plateia de jovens socialistas, quando se referiu à alteração à revisão do regime das ordens profissionais e das profissões reguladas.

"Os jovens têm de ter direito à liberdade de acesso às profissionais, as ordens profissionais têm um papel a cumprir, mas não podem limitar a concorrência, nem vedar o acesso à profissão aos jovens que nela querem entrar. Não podem também exigir pagamentos exorbitantes para os exames de Ordem, nem impor condições para limitar o acesso à profissão", afirmou.

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