O deputado único do Chega, André Ventura, defendeu esta quarta-feira a marcação de eleições antecipadas para janeiro de 2022, "mesmo que isso prejudique os interesses partidários" da direita, que tem congressos para decidir as lideranças nos próximos meses.
Em declarações no final da votação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, que foi rejeitada pela direita e pelos votos contra de BE, PCP e PEV, Ventura disse que iria transmitir ao Presidente da República a opinião de que as eleições em janeiro são "o que melhor serve os interesses de Portugal".
O presidente do Chega indicou "16 de janeiro" como uma data possível para as eleições legislativas, "mesmo que isso prejudique os interesses partidários", nomeadamente à direita, uma vez que PSD, CDS-PP, IL e Chega têm congressos ou diretas para decidir as lideranças.
Ventura também criticou o primeiro-ministro, António Costa, por preferir "ficar a governar de qualquer maneira" e por "encostar o Presidente da República à parede".
O parlamento chumbou esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL.
Na votação na generalidade, no plenário da Assembleia da República, o PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.
Veja mais:
- O momento da declaração de óbito do Orçamento do Estado
- Presidente da República vai ouvir partidos no sábado
- Chumbo do OE 2022: "O Governo sai desta votação de consciência tranquila e cabeça erguida"
- OE 2022: Ferro Rodrigues informa partidos de conferência de líderes na quinta-feira
- União do Governo no debate não chegou para aprovar o Orçamento