O ministro da Economia afirmou esta terça-feira que a proposta de Orçamento do Estado é a possível e responsável a pensar no futuro.
“Provavelmente todos gostavam que fosse feito mais esforço, reduzíssemos mais os impostos e aumentássemos a despesa pública, mas na verdade temos de conciliar esses objetivos com responsabilidade”, afirmou.
Pedro Siza Vieira relembra ainda que em 2023 “provavelmente vamos voltar a ter regras de disciplina orçamental e queremos que Portugal esteja bem posicionado para continuar a ter trajetória de redução dos juros da dívida pública e reconhecimento do nosso esforço.”
O Governo entregou na segunda-feira à noite, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2022, que prevê que a economia portuguesa cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
No documento, o Executivo estima que o défice das contas públicas nacionais deverá ficar nos 4,3% do PIB em 2021 e descer para os 3,2% em 2022, prevendo também que a taxa de desemprego portuguesa descerá para os 6,5% no próximo ano, "atingindo o valor mais baixo desde 2003".
A dívida pública deverá atingir os 122,8% do PIB em 2022, face à estimativa de 126,9% para este ano.
O primeiro processo de debate parlamentar do OE2022 decorre entre 22 e 27 de outubro, dia em que será feita a votação, na generalidade. A votação final global está agendada para 25 de novembro, na Assembleia da República, em Lisboa.
Veja aqui os principais pontos do OE 2022
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