Orçamento do Estado

Perto de 60% da receita do Estado virá dos impostos indiretos

Imposto sobre os combustíveis, o álcool ou o tabaco são exemplos.

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Quase 60% do dinheiro que vai entrar nos cofres do Estado virá dos chamados impostos indiretos, de que são exemplo os impostos sobre os combustíveis, o álcool ou o tabaco.

O IVA é o maior imposto indireto e vai manter-se como está no próximo ano.

No pós-pandemia, o consumo vai subir e, por isso, o Estado espera arrecadar só com este imposto mais de 18.200 milhões de euros.

A taxa de inflação de 1% vai provocar atualizações, nomeadamente, nos impostos especiais sobre o consumo.

A receita deve aumentar com todos, principalmente, com as bebidas alcoólicas, que têm previsto um aumento de 4% para os 254 milhões de euros.

O imposto associado aos combustíveis deve render ao Estado mais de 3.500 milhões de euros.

Nem mesmo com a gasolina e o gasóleo a atingirem máximos históricos, o Governo pondera deixar cair o adicional.

"É uma receita que está consignada ao fundo florestal permanente no sentido de ajudar as florestas e a sua resiliência", diz o ministro das Finanças, João Leão.

As receitas do Fundo Ambiental vão duplicar de 475 milhões para perto de mil milhões de euros em 2022.

A maior parte vem da venda de licenças de emissão de CO2.

No campo da tributação automóvel, vai haver também uma atualização com base na inflação.

O imposto sobre veículos vai permitir aumentar a receita em 6% e as taxas do Imposto Único de Circulação vão representar um aumento de 13 milhões de euros na receita, o mesmo valor que o Governo espera arrecadar com os novos radares de controlo de velocidade.

Já no ano passado se falava, mas só no próximo ano é que vai avançar a taxa sobre as embalagens de plástico de uso único.

A contribuição de 30 cêntimos terá de vir discriminada na fatura.

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