O ministro das Finanças, Fernando Medina, apresenta esta sexta-feira, aos partidos políticos, o cenário macroeconómico para 2023. O primeiro-ministro já afastou a possibilidade de recessão, mas mantém o silêncio quanto aos números. O Orçamento do Estado é entregue na segunda-feira e poderá incluir uma subida do subsídio de refeição.
Para 2023, o primeiro-ministro antecipa crescimento económico, afasta o cenário de recessão e diz que a inflação vai desacelerar de forma significativa. Um otimismo realista, garante António Costa.
Mas a guerra e a instabilidade internacional são fatores de risco a ter em conta. Ainda assim, para o Presidente da República, o Governo deu um passo certo ao abrir, finalmente, a porta das previsões para o próximo ano.
O Orçamento do Estado é entregue na segunda-feira, mas o cenário macroeconómico chega mais cedo ao Parlamento: esta sexta-feira, Fernando Medina apresenta os números aos partidos. As medidas ficam guardadas para a próxima semana.
O que se sabe, para já, é que as pensões vão aumentar entre os 4,4% e 3,5%. Os salários na função pública também sobem, em média, 3,6%. As duas medidas, juntas, vão custar mais de 1.800 milhões de euros.
Para os trabalhadores do Estado, o Governo estará ainda a preparar uma revisão da tabela remuneratória única e podem também surgir novidades no subsídio de refeição – que está nos 4,77 euros diários há cinco anos. Os sindicatos pedem que fique acima dos 6 euros.
No privado, as empresas não são obrigadas a pagar subsídio de refeição, mas a maioria paga por iniciativa própria ou porque os Contratos Coletivos de Trabalho o determinam. Por norma, é usado o valor do setor público como referencial.