O primeiro-ministro, Luís Montenegro, diz que o Governo foi "ao limite do razoável" na proposta que fez ao Partido Socialista (PS) para o Orçamento do Estado para 2025. O debate na generalidade arrancou esta quarta-feira, na Assembleia da República.
"A proposta que apresentámos ao maior partido da oposição e que refletimos neste Orçamento do Estado é um compromisso até ao limite do razoável. O foco deste Governo não é durar, é fazer", afirma Luís Montenegro.
O primeiro-ministro destaca que o Governo foi a "tudo o que é essencial" para a proposta ser viabilizada.
Esta quarta-feira à tarde, no primeiro dia de debate na generalidade, Luís Montenegro respondeu ao Chega. Diz que o maior partido da oposição é o PS.
Esta quarta-feira, André Ventura, presidente do Chega, tinha argumentado que, com o PS no papel de “partido que sustenta o governo”, faz sentido que o Chega, enquanto maior partido da oposição, seja chamado a intervir antes de outros partidos.
Ño debate, o primeiro-ministro ainda confiar na palavra dos socialistas de que a aprovação do Orçamento do Estado não implica desvirtuá-lo na fase de especialidade.
"Há uma palavra, que é de honra política, do principal partido da oposição. Eu acredito na palavra do Partido Socialista", diz.
A Assembleia da República iniciou esta quarta-feira o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, a primeira do Governo PSD/CDS-PP, que tem aprovação garantida pela abstenção do PS.
A abstenção do PS foi anunciada a 17 de outubro, depois de terem terminado sem acordo as negociações com o Governo sobretudo devido ao IRC, cuja descida generalizada foi recusada pelos socialistas mas o executivo insistiu em descer um ponto percentual no próximo ano (metade dos dois inicialmente previstos).