A UNICEF divulga que a pandemia vai ter um impacto significativo e duradouro na saúde mental das crianças e jovens. Num relatório, o Fundo das Nações Unidas apela aos governos para investirem mais dinheiro na preservação do bem-estar mental dos mais novos.
De acordo com a UNICEF, saúde mental já era um desafio, mas intensificou-se pelo atual cenário pandémico.
Os períodos de confinamento e o fecho de escolas deixaram os jovens revoltados, com medo e cada vez mais preocupados com o futuro. O Fundo das Nações Unidas explica que só daqui a alguns anos será possível avaliar o real impaco da pandemia na saúde mental.
Segundo as últimas estimativas disponíveis, citadas pela UNICEF, calcula-se que a nível mundial, pelo menos um em cada sete jovens entre os 10 e os 19 anos, viviam com um distúrbio mental diagnosticado.
O relatório mostra ainda que a nível global apenas 2% dos orçamentos públicos da área da saúde são atribuídos a despesas com a saúde mental.
A UNICEF diz que o investimento na promoção e proteção da saúde mental é "extremamente baixo" e reivindica uma maior atenção governamental.
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