Mais de 10 mil sírios regressaram ao seu país depois dos abalos sísmicos que no dia 6 de fevereiro devastaram várias regiões no sudeste da Turquia e noroeste da Síria, afirmou este domingo o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar.
Durante uma visita à província de Hatay, Akar rejeitou os rumores de que o sismo e as suas réplicas provocaram um fluxo de migração de sírios para a Turquia.
"Ninguém entrou aqui. Pelo contrário, o que estamos a ver é um regresso dos sírios à sua terra natal, uma vez que os lugares onde ficaram [na Turquia] foram destruídos", afirmou o ministro, enquanto inspecionava o posto fronteiriço de Yayladagi.
"Os nossos irmãos sírios voltam à sua terra depois de perder no terramoto as suas famílias, as suas casas. Desde o terramoto, 10.633 sírios regressaram ao seu país de forma voluntária", precisou Akar.
As 11 províncias turcas afetadas pelo terramoto albergavam no total 1,75 milhões de refugiados sírios, metade dos 3,5 milhões registados na Turquia.
Hatay, a província onde foi registado o maior nível de destruição, alberga 355.000 refugiados sírios e Kahramanmaras, igualmente devastada, cerca de 91.000, sendo que na província de Gaziantep, das três a menos afetada, há 460.000 sírios registados.
Antes do terramoto, o Governo turco encorajou o regresso voluntário dos sírios ao seu país, oferecendo transporte gratuito até à fronteira, mas o fluxo, ainda que constante, era muito reduzido em relação ao total de sírios no país.
Em 2021, cerca de 40.000 sírios aceitaram esta opção e o número total apenas subiu para 50.000 em outubro de 2022, segundo dados de Ankara.