Operação Marquês

Juiz rejeita pedido da CGD para ser assistente na Operação Marquês 

Magistrado considera que pedido foi feito fora do tempo.

Juiz rejeita pedido da CGD para ser assistente na Operação Marquês 

O juiz Ivo Rosa recusou que a Caixa Geral de Depósitos se tornasse assistente no processo da Operação Marquês.

Num despacho a que a SIC teve acesso, o magistrado que tem em mãos a instrução do processo considera que o pedido do banco acontece fora de tempo.

O pedido surgiu no final de junho, já a meio do debate instrutório.

A Caixa Geral de Depósitos, que pode vir a ser considerada lesada se parte dos crimes forem dados como provados, fez o pedido a 25 de junho, mais de 6 anos depois do início do processo.

A Operação Marquês

A Operação Marquês tem arguidos 19 pessoas e nove empresas e está relacionada com a prática de mais de 170 crimes de natureza económico-financeira.

José Sócrates está acusado de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal qualificada.

O Ministério Público sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no GES e na PT, bem como para garantir a concessão de financiamento da CGD ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e favorecer negócios do Grupo Lena.

Na Operação Marquês estão ainda acusados, o ex-administrador do Grupo Lena Joaquim Barroca, Armando Vara, antigo ministro e ex-administrador da CGD, Henrique Granadeiro (ex-gestor da PT), tal como Zeinal Bava, e José Paulo Pinto de Sousa (primo de Sócrates), entre outros.

O processo foi investigado durante mais de três anos, culminado com uma acusação com cerca de quatro mil páginas.