Desde o início do ano, quando foi tornada pública a indemnização de 500.000 euros a Alexandra Reis, sucederam-se demissões na TAP. Christine Ourmières-Widener deixa o cargo de CEO depois de sucessivos casos polémicos. Ainda em funções, lamentou aparecer tantas vezes nas notícias, nas quais era associada a uma imagem negativa.
As primeiras notícias sobre Christine Ourmières-Widener são de junho de 2021, na altura escolhida para liderar o processo de reestruturação da companhia aérea portuguesa. A nova CEO da TAP trazia o selo de garantia em operações de reestruturação com currículo em várias companhias de aviação.
Dois anos e meio depois é despedida em direto na televisão pelo ministro das Finanças por ter indemnizado Alexandra Reis em meio milhão de euros.
Mas antes disso, em outubro de 2022, a TAP era destaque nos jornais por ter encomendado 79 automóveis BMW para substituir a frota dos administradores e gestores.
Debaixo de pressão, a TAP acabou por cancelar a encomenda.
Poucos dias depois, o país também fica a saber pelas notícias que Isabel Nicolau, amiga da CEO da TAP, tinha sido contratada para assumir um cargo de direção na empresa sem ter experiência no setor da aviação.
A informação surge em simultâneo com protestos e paralisações dos trabalhadores da TAP com que a CEO teceu muitas vezes uma relação difícil que agora chega ao fim.