Dois rockets atingiram esta quarta-feira a "Zona Verde" da capital iraquiana.
A área é a mais fortificada da cidade e os militares iraquianos garantem que não há vítimas e que os rockets são de modelo Katyusha, de fabrico russo.
SIRENES VOLTARAM A SER OUVIDAS 24 HORAS DEPOIS
Menos de 24 horas depois do ataque iraniano a duas bases aéreas que albergavam tropas norte-americanas, as sirenes de alerta voltaram a ecoar nas ruas de Bagdade.
Vários jornalistas que estão no local têm partilhado imagens através da rede social Twitter.
Rockets não terão sido lançados do Irão
O comentador da SIC Nuno Rogeiro diz que o ataque foi feito com misseis de médio a curto alcance e, por isso, não terão sido lançados a partir do Irão.
Nuno Rogeiro fala num "ato de revolta ou frustração" do Kata'ib Hezbollah, um movimento que os norte-americanos acusam de estar por trás dos últimos incidentes.
O comentador SIC defende ainda que os líderes deste movimento não estariam satisfeitos com a resposta do Irão ao ataque norte-americano contra Soleimani.

UM DIA DEPOIS DA OPERAÇÃO "MÁRTIR SOLEIMANI"
O Irão lançou na última madrugada a operação "Mártir Soleimani", em retaliação pela morte do general Soleimani. Ao todo, 22 mísseis foram lançados contra duas bases do Iraque que albergam tropas norte-americanas.
Teerão, que avisou o país vizinho antes do ataque, diz que morreram dezenas de pessoas. Bagdade e Washington desmentem a existência de vítimas.

TRUMP PEDE APOIO EUROPEU PARA NOVO ACORDO COM TEERÃO
Donald Trump reagiu esta quarta-feira ao ataque iraniano. O Presidente dos Estados Unidos anunciou novas sanções económicas contra o Irão e pediu o apoio da Europa para que se faça um novo acordo com Teerão.
Trump confirmou ainda que não houve feridos nos ataques e garantiu que os EUA são autosuficientes e não precisam de petróleo do Médio Oriente.

RÚSSIA E TURQUIA APELAM AO DIÁLOGO, ISRAEL APLAUDE TRUMP
Alguns países com militares destacados no Iraque anunciaram a transferência das suas tropas para zonas mais seguras.
Na reação ao ataque do Irão contra bases norte-americanas, a Rússia e a Turquia apelaram ao diálogo. Já Israel louvou o assassinato do general Soleimani e aplaudiu a decisão de Donald Trump.

Aliados dos EUA preocupados com possível retirada de tropas do Médio Oriente
Trump disse estar disponível para trabalhar com o Irão e, para que isso aconteça, os iranianos têm de deixar de apoiar o terrorismo e prescindir da capacidade de ter armas nucleares.
O discurso desta quarta-feira do Presidente dos Estados Unidos veio assim apaziguar as tensões no Médio Oriente. O correspondente da SIC, Henrique Cymerman, revela como foram as reações na Arábia Saudita.
“Irão pode transformar isto numa vitória contra o Grande Satanás”
Luís Costa Ribas considera que Trump foi obrigado a recuar por não ter apoio, nos Estados Unidos, para uma escalada de violência.
Sobre o anúncio de novas sanções económicas contra o Irão, acredita que o Presidente dos EUA julga que isso poderá resultar na disponibilidade do Irão para negociar um novo acordo.