O coordenador do task force para a vacinação contra a covid-19 admite que pode vir a ser necessário um novo plano. Reconhece ainda que um atraso na entrega das doses da AstraZeneca pode impedir a chegada aos 70% da população imunizada em agosto, meta avançada na última reunião no Infarmed. O Governo é mais otimista e garante que um eventual atraso não compromete objetivos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e a ministra da Saúde, Marta Temido, continuam a garantir o cumprimento das metas impostas no plano de vacinação, mas, na verdade, não têm como controlar.
Gouveia e Melo, coordenador da task force, mostra-se menos otimista do que o Governo. Está preocupado com a instabilidade no fornecimento das vacinas nos próximos e meses e admite mesmo que pode ser necessário alterar o plano inicial.
Isto porque a AstraZeneca anunciou que só poderá produzir na União Europeia metade das doses de vacinas prometidas para o segundo trimestre. A outra metade terá de ser produzida fora da Europa, o que pode provocar atrasos nas entregas.
A farmacêutica já se comprometeu a acelerar a produção de vacinas fora da Europa para compensar eventuais atrasos. Pretende garantir a entrega de 180 milhões de doses à União Europeia no segundo semestre do ano.
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