O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, diz que o objetivo de acelerar a vacinação em Lisboa é discriminatório em relação ao resto do país.
Rui Moreira acusa ainda as autoridades de saúde de irresponsabilidade e exige um tratamento equitativo para todo o país.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou esta terça-feira que o aumento da incidência da covid-19 na região de Lisboa é uma situação que preocupa as autoridades sanitárias e que deve ser encarada como um sinal de alerta, mas não de alarme.
Para responder a esta subida, Lacerda Sales explica ser necessário atuar de forma preventiva e proativa, aumentando a testagem de forma a quebrar cadeias de transmissão e acelerando o processo de vacinação, que em Lisboa e Vale do Tejo está “ligeiramente mais atrasado”.
Por essa razão, a vacinação nesta região para a faixa etária a partir dos 40 anos vai começar a 6 de junho e, mais tarde, a partir de 20 de junho para aqueles com mais de 30 anos.
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"Não pode haver dois países, não pode haver um país e depois haver Lisboa"
"Não pode haver dois países, não pode haver um país e depois haver Lisboa. Tem de haver um único país e nós temos de exigir um tratamento igual para o todo nacional", afirmou Rui Moreira, numa declaração vídeo publicada na página oficial da Câmara do Porto.
Numa breve declaração, o autarca do Porto afirmou que não se podem alterar regras em função de circunstâncias, prejudicando a "unidade nacional" e as atividades pessoais e económicas.
"O que eu queria dizer ao Governo claramente e às autoridades competentes é que nós exigimos um tratamento equitativo para todo o país nesta matéria", reiterou.